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No dia 1º de agosto, o Prefeito Aldo Sanson participou da homologação do novo currículo paulista das etapas da educação infantil e do ensino fundamental, realizada pelo secretário de Educação, Rossieli Soares, em evento realizado com a presença do governador João Doria no Palácio dos Bandeirantes.
Para entrar em vigor, o documento passou por uma série de discussões desde o ano passado. Formulado por 22 redatores, a construção do novo currículo paulista contou com 2,5 milhões de participações, via consulta pública, e 103 mil sugestões da sociedade civil.
O currículo também foi debatido em seminários regionais e oficinas, onde participaram quase 30 mil professores e gestores que representaram 611 municípios paulistas. Ao todo são 372 municípios participantes do sistema que aderem automaticamente ao currículo.
“Esse currículo foi iniciado no ano passado e passamos por uma série de debates para sua concretização. Foram 82 seminários, com mais de 74 mil participantes. Todos expuseram suas ideias e melhores práticas e hoje chegamos a um documento final do qual nos orgulhamos muito”, pondera Luiz Miguel Garcia, presidente da Undime.
O documento está alinhado às competências inerentes ao século 21 e à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da educação infantil e do ensino fundamental, aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologada pelo Ministério da Educação, em dezembro de 2017.
Apoio financeiro
A Educação apoiará com R$ 25 milhões os municípios que fizerem a adesão ao currículo paulista, com formação, avaliação, a partir da aplicação subsidiada do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e materiais de apoio, com a disponibilização dos cadernos “Ler e Escrever” e “EMAI”.
O Saresp é aplicado pela Educação com a finalidade de mensurar os níveis de proficiência dos alunos e passará por processo de revisão para estar alinhado ao novo currículo paulista. “As mudanças do currículos nos enchem de orgulho e são pensadas para a realidade de São Paulo”, pondera o secretário executivo Haroldo Rocha.
Outro ponto de mudança desencadeado pelo novo documento será a revisão do material didático distribuído para a rede estadual. Os cadernos “Ler e Escrever” e “São Paulo Faz Escola” desenvolvidos tanto para os alunos quanto para os professores serão revisados para o ano letivo de 2020.
Formação de professores
A implementação do currículo já está em andamento na Seduc. Para garantir que ele chegue aos estudantes, haverá uma ampla formação de professores. A partir do fim de agosto estão previstos dois encontros com cerca de 350 profissionais e um encontro para mais de mil de todo o estado de São Paulo que serão os formadores para abordar os temas estruturais do currículo como: educação integral; competências e habilidades; e metodologias ativas.
O objetivo é que os profissionais presentes nestas formações repliquem o conhecimento e as informações em suas respectivas unidades, garantindo a formação em “efeito cascata.”
Ao longo do ano, haverá outras formações para conjunto de trilhas formativas, desenvolvida pela Educação e Undime, com apoio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo (EEAPE).
Educação integral
O principal pilar do documento é a implementação do conceito de educação integral que promove o desenvolvimento do estudante tornando-o sujeito da aprendizagem. Esse novo paradigma pressupõe uma mudança de percepções: o professor supera as barreiras das disciplinas e promove a integração curricular, e o aluno se desenvolve em todas as dimensões.
O novo currículo prevê ainda, por meio da educação integral, que a escola esteja conectada com o sentido da vida dos estudantes e fomente o uso de metodologias ativas para ressignificar as aprendizagens e os espaços.
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