Secretaria de Saúde alerta para cuidados contra Febre Maculosa nesta época do ano

        O período de maior incidência de Febre Maculosa Brasileira é entre maio e novembro. É nesta época, de clima mais seco, que o ciclo do carrapato estrela, transmissor da doença, atinge as fases de larva e ninfa, fases de principal transmissão. Todas as fases do ciclo transmitem a Febre Maculosa, mas principalmente as de larva e ninfa, pois são estágios em que o carrapato é de difícil visualização. Além disso, a picada não é dolorosa, fazendo com que a pessoa não perceba a presença do carrapato em seu corpo.

            A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma doença infeciosa febril aguda, transmitida por carrapatos do gênero Amblyomma, que são conhecidos popularmente como carrapato estrela ou micuim.

            A transmissão da doença ocorre através do carrapato infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii que é encontrada no sangue dos animais, como: capivara, cavalo, boi, etc. Para ocorrer a transmissão é preciso que o carrapato fique aderido à pele, ou seja, fique “sugando” por um período de 4 a 6 horas. O micuim (larva do carrapato estrela) também pode transmitir a doença.

            As áreas de transmissão são principalmente cerrado e áreas degradadas como: pastos sujos , matas ciliares, coleções hídricas e presença de equinos e capivaras.

              Sintomas: Depois de 2 a 14 dias após o contato com o carrapato infectado sentimos:

- febre alta

- dor de cabeça

- calafrios

- manchas avermelhadas (pontinhos avermelhados na palma da mão e sola do pé)

- dores no corpo (principalmente nas costas e barriga da perna)

- olhos irritados

Em casos graves ocorre comprometimento do sistema nervoso central, dos rins e pulmões, e lesões vasculares, podendo levar à morte.

Ao encontrar o carrapato aderido à pele, são necessários certos cuidados para retirá-lo: 

- não espremê-lo com as unhas para não se contaminar;

 - não encostar objetos aquecidos (fósforo, cigarro, agulha) no carrapato;

- retirá-lo com calma através de leves torções com uma pinça para liberar peças bucais.

 Proteção Individual: 

- evitar caminhar, sentar, deitar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos;

  - evitar caminhar em áreas com a presença de capivaras;

 - caso seja necessário frequentar essas áreas, utilizar calça comprida com a parte inferior no interior da bota de cano alto, utilizar fita adesiva ou fita dupla face entre a calça e a bota, usar roupas claras para visualização do carrapato;

- é preciso vistoriar o corpo minuciosamente a cada 2 a 3 horas à procura do carrapato. Prestar atenção ao MICUIM (forma jovem do carrapato) que é mais difícil de achar.

Prevenção Ambiental:

- Rotação de pastagem para equinos;

 - Roçar pasto rente ao solo, nos meses de verão;

 - Manter os cães, cavalos e outros animais livres de carrapatos;

- Evitar que os cães frequentem as margens do rio, principalmente onde têm capivaras.

Tratamento: O encaminhamento médico é fundamental. A Febre Maculosa, se não tratada, pode levar à morte. 

Ao sentir dores de cabeça, dores no corpo e febre moderada ou alta, após frequentar locais infestados por carrapatos, procure uma Unidade Básica de Saúde e não deixe de relatar que entrou em contato com carrapato.

Para maiores informações entrar em contato com o Setor de Zoonoses pelo telefone 3288 4110.

Endereço: Rua da Fazendinha, 333 – CIS – Centro – Cerquilho.